A Comissão Europeia vai propor o ano de 2035 como data-limite para o fim da comercialização de carros movidos por combustíveis o que, teoricamente, acabaria com os motores a combustão no continente.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, disse: “Vamos definir uma data final após a qual todos os carros terão de ser livres de emissões.”
Leyen alertou: “Caso contrário, haverá incerteza e não atingiremos nossa meta de neutralidade climática até 2050”. Com meta de reduzir as emissões veiculares em 55% até 2030 ante 37,5% estipulado em 2019.
A União Europeia quer limpar a frota o mais rapidamente possível e já observou que mais de uma dúzia de fabricantes acenaram com lineups 100% elétricos entre 2028 e 2035.
Segundo os jornais alemães, o braço executivo da comissão irá definir 2035 como a data para encerrar as vendas de carros a gasolina, diesel e híbridos de qualquer tipo.
Isso também inclui carros que queimam gás, como GLP e GNV. Já os que queimam hidrogênio também devem ser excluídos, se usarem outro combustível. Pelo que a Comissão Europeia deseja, não haverá nenhum motor com explosão à venda na Europa daqui a 14 anos.
Para as montadoras, os termos serão atendidos, mas apenas com grandes investimentos em infraestrutura de carregamento. Nesse caso, muitos dos países-membros já investiram bilhões de euros em amplas redes de recarga.
Mas, Patrick Hummel, analista do UBS, alerta: “Uma data final para os motores de combustão interna aumenta a pressão que a UE e os estados-membros têm para cuidar do desenvolvimento da infraestrutura de carregamento”.
Contudo, no setor automotivo, há o temor de investimentos perdidos em híbridos plug-in, dado que uma data final deve colocar um fim a produtos que ainda nem foram lançados, mas que já nascerão mortos.
França e Alemanha são os únicos países que estão resistindo a ideia de uma data final, com reuniões estabelecidas com montadoras, sindicatos e auto-peças, alegando que o tempo estabelecido é curto demais para uma mudança saudável do setor.
[Fonte: Auto News]